O grupo A Ponte surgiu na Alemanha na mesma época que o grupo Fauvista. Foi criado por quatro estudantes de arquitetura da Escola Superior Técnica de Dresda: Ernst-Ludwig Kirchner, Fritz Bleyl, Erich Heckel e Karl Schmidt-Rottluff. Segundo Joseph Émile Muller, o nome escolhido tem o objetivo de demonstrar que eles desejavam que se mantivessem unidos e que outros artistas se juntassem a eles, acreditando na positividade dos contatos frequentes e no trabalho comum. Quais são suas influências? Podemos dizer que Van Gogh, Gauguin, Toulouse-Lautrec e as estampas japonesas, parecido com o que ocorreu com os fauves. Os pintores da Brücke também tomam como referência pintores alemães do século XVI, como Dürer, Cranach e Grünewald, além das primeiras xilogravuras, inspirados pelas quais fazem gravuras em madeira. O norueguês Edvard Munch, conhecido na Alemanha desde 1892, cuja obra é caracterizada pela morbidez e pela angústia, é seu precursor direto. A primeira exposição do grupo ocorre em 1906 no salão de uma fábrica de lâmpadas em Dresda: recebe poucos visitantes e a imprensa não fala dela. No ano seguinte há uma nova exposição, na Galeria Richter, bastante famosa, e são notados. São acolhidos como os fauves: chocam, irritam e são insultados, mas também como eles continuam suas pesquisas e afirmam suas posições. Durante o inverno trabalham em Dresda e no verão vão pintar nos campos, exaltando o nudismo pintando mulheres suas conhecidas. Eles querem reagir à Academia e também hostilizar a moral corrente. Em 1911 Herwarth Walden defende o grupo em sua revista A Tempestade (Der Sturm), mas em 1913 o grupo se dissolve devido a discordâncias e cada artista passa a trabalhar sozinho.
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