Estilo Gótico

O gótico designa uma fase da história da arte ocidental, identificável por características muito próprias de contexto social, político e religioso em conjugação com valores estéticos e filosóficos e que surge como resposta à austeridade do estilo românico.
Este movimento cultural e artístico desenvolve-se durante a Idade Média, no contexto do Renascimento do Século XII e prolonga-se até ao advento do Renascimento Italiano em Florença, quando a inspiração clássica quebra a linguagem artística até então difundida.
Os primeiros passos são dados a meados do século XII em França no campo da arquitectura e, acabando por abranger outras disciplinas estéticas, estende-se pela Europa até ao início do século XVI, já não apresentando então uma uniformidade geográfica.
A arquitectura, em comunhão com a religião, vai formar o eixo de maior relevo deste movimento e vai cunhar profundamente todo o desenvolvimento estético.

Gotico em Portugal

Arquitectura:

Características gerais:

•Verticalismo dos edifícios substitui o horizontalismo do Românico;
•Paredes mais leves e finas;
•Contrafortes em menor número;
•Janelas predominantes;
•Torres ornadas por rosáceas;
•Utilização do arco de volta quebrada;
•Consolidação dos arcos feita por abóbadas de arcos cruzados ou de ogivas;
•Nas torres os telhados são em forma de pirâmide.


Escultura

•A escultura gótica surge interiormente associada à arquitectura das catedrais. No exterior do edifício são sobretudo as fachadas, nomeadamente os portais, à medida que se vão tornando mais complexas, tabernáculos dos arcobotantes vão servir de suporte para a decoração das esculturas. A escultura gótica pode ser agrupada em quatro tipologias. Sendo a primeira as Estatuas-coluna, aplicada nas ombreiras do portal conferindo uma dimensão vertical ao pórtico, mas que progressivamente se dá autonomia em relação ao seu suporte arquitectónico. O segundo elemento é o relevo escultórico, sobretudo no tímpano do portal. O terceiro, considera-se a escultura de vulto redondo, em especial estatuária de devoção, resultante da evolução das estátuas-coluna. O quarto item da tipologia é a escultura funerária, ou seja, arcas tumulares e estátuas jacentes.